Ocorreu na tarde dessa segunda-feira, 10, a quinta
rodada de negociações entre os sindicatos de trabalhadores (Sindpd) e
patrões (Seprosp) de TI em São Paulo para tratar de melhorias à
categoria. As contrapropostas apresentadas pelo Seprosp não agradaram o
Sindpd, que já convocou a categoria para uma reunião em que será
definido se haverá greve.
A decisão, entretanto, parece já ter sido tomada para a
maior parte dos trabalhadores, pois desde o dia 6 o sindicato vem
questionando seus membros sobre a greve e, dentre os mais de 2 mil
entrevistados, 84% se dizem a favor da paralização.
O Sindpd reivindica reajuste salarial de 8,8%, mais 10,3%
nos pisos, vale-refeição de R$ 16 a todos os trabalhadores e
obrigatoriedade de discussão aberta sobre a participação nos lucros
(PLR) em empresas com mais de 10 funcionários.
Na quarta rodada de negociações, o Seprosp propôs reajuste
de 6,5%, piso de 6,7% e VR de R$ 14 que só seria obrigatório em empresas
com mais de 50 empregados. Quando à PLR, ficou acertada a discussão
aberta quando se tem mais de 10 contratados.
Os trabalhadores não concordaram e avisaram sobre uma possível paralização, quando o Olhar Digital conversou com o presidente do Sindpd, Antonio Neto,
e ouviu que o sindicato patronal convocara uma nova reunião. "Todo ano
há uma choradeira muito grande por parte do patrão", declarou ele.
Nessa conversa o Seprosp manteve a proposta de aumentar os
salários em 6,5%, optando por oferecer alta de 7% nos pisos e mexer na
questão do VR: ele seria obrigatório em empresas com mais de 35
funcionários, mas ainda no valor de R$ 14. Por isso o Sindpd manteve a
ideia da paralização, que será discutida no sábado, 15, às 10h.
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